Depois de uma estréia muito acima da média em A Insurreição, o Confronto chega ao êxito triunfal em Causa Mortis. Isso aqui chega a ser estúpido de tão, mas tão foda que é.

São 10 faixas, e nem precisava mais mesmo: se existia um conceito estabelecido em relação ao que se chamava peso e brutalidade em se tratando de bandas nacionais, o Confronto tratou de redefini-lo, ou seja, eles não lançaram apenas mais um álbum, mas um novo paradigma na cena metal/hardcore brasileira.

 E isso que a banda nem precisa investir na velocidade. O instrumental chega a ser tão denso que dispensa esse tipo de exibicionismo. Os temas continuam cutucando os conformistas: violência e problemas sociais estão na pauta, e são colocados de uma forma ainda mais contestadora do que na estréia.

Escute “Vale da morte”, “Trilha de sangue”, “Confronto (essa tem um vídeo bônus no cd) e “Negação”. Depois, pegue os discos das bandas gringas similares que você tem em casa, vá ao sebo mais próximo, venda tudo, pegue a grana e vá a um show do Confronto, ainda que você tenha que sair de sua cidade para vê-los. Não tem pra ninguém, Confronto is the law!

Resenha por Alessandro Ferrony